Onde: Villa Madalena, São Paulo – SP – Brasil
Faz muito, mas muito tempo mesmo que tenho vontade de criar um blog só pra falar dos lugares legais que conheço. Adoro passear e descobrir lugares diferentes, em especial – mas não apenas – cafeterias e restaurantes. Mas foi essa cafeteria, Brigadeiro da Villa, que me botou comichão na mão pra tirar a ideia da cachola e ir pra cima na rede!
É importante frisar que não sou louca por brigadeiros. Na realidade, como profissional de marketing, entendo o potencial da ideia “brigaderia”. Pessoalmente, considerando minha relação com brigadeiros, acho uma bobagem e um absurdo pagar R$ 6,00, R$ 8,00 por um docinho desses.
Então, como fui parar lá?
Adoro passear, mesmo em tempos de aperto. Ultimamente ando num tempo assim e só fui conhecer a Brigadeiro da Villa graças a essa reunião que tive, para falar de negócios que nada tinham com “brigadeiros”. O negócio, acabou não rolando. Mas a reunião foi muito agradável e o lugar, com certeza, contribuiu muito para isso.
Chegando lá…
Cheguei por lá numa terça, 25/04, perto da hora do almoço. Já gostei porque tem espaço na frente para estacionar, apesar de pequeno, vagas apertadas, logo após uma curva – que me fez manobrar o carro com o coração na mão. Fica num micro conjunto de comércio, formado por três pequenas lojas: primeiro a brigaderia, ao lado uma loja onde parece ter sido uma “rotisserie” e por fim uma loja de cervejas (que sinto não ter dado uma espiada antes de ir embora). O local é bem escondido. Sua rua, (Cristóvão de Burgos) é um pequeno acesso saindo da rua Paulistânia para quem quer atravessar a Heitor Penteado. Como o espaço fica à esquerda, numa curva misturada com uma descida, acho que se não for por indicação ou por estar à pé por ali, passa-se reto sem perceber o local. Os carros na frente também ocultam sua fachada, basicamente de madeira clara e vidro, com a porta sempre fechada e plaquinha indicando se o estabelecimento está aberto.
Voltando ao dia da reunião. Eu estava desesperada porque atrasei horrores graças ao mundo que caiu e me prendeu no trânsito. No caminho, tentei contato, a ligação começou, caiu na metade e não consegui mais falar com ela. Chegando lá, entrei com cara de desespero na lojinha, minúscula. Algumas pessoas estavam sentadas na segunda de quatro mesas em fila, que quase formavam um corredor com o balcão à esquerda, mas largo o suficiente para duas mesas altas, redondas, dessas de tomar café em pé. Uma mulher que estava em pé junto daquelas pessoas disse o “pois não?”. Olhei para o espaço, não vi a pessoa que deveria encontrar e perguntei se havia mais mesas em outra parte. Disse que eu teria uma reunião ali e antes que eu terminasse, a mulher arregalou os olhos e perguntou “Você vai precisar de muitas cadeiras? Porque só temos essas…. vem muita gente?”. Dei risada e expliquei o desencontro. Ela riu também, comentou que ninguém havia passado um bom tempo lá esperando. Fiquei preocupada, meio sem saber o que fazer. Será que eu tinha ido para o lugar errado? Ligava, chamava e caía. WhatsApp saía do meu celular mas não chegava no dela. Perguntei se havia wi-fi e se poderia utilizar. “Claro! Pago por mês, por que não compartilhar?” disse simpática. Passou a senha, fácil de digitar. Não passo aqui porque o wi-fi não é meu. Consegui falar com meu contato pela mensagem do Facebook! Em minutos ela estava lá para conversarmos.
O espaço
Eu, bem mais tranquila, comecei a observar o espaço. Era uma cafeteria e não apenas uma “brigaderia”. Quase todo o cardápio escrito numa lousa numa parte bem alta da parede, sobre a máquina de espresso do outro lado do balcão. O balcão seguia o estilo da fachada, de madeira com vitrines baixas por toda sua extensão, onde estavam os brigadeiros. Grande variedade, apenas alguns de cada tipo em exposição. Era hora do almoço já e eu estava procurando algum cardápio de lanches. Enquanto fazíamos a reunião, observei de relance alguns movimentos. O pessoal que estava na outra mesa foi embora. Percebi que nas duas mesas seguintes havia apenas duas pessoas. Depois entrou um grupo de moças e se instalaram naquela mesa vazia, onde antes estavam pessoas com a dona do local. Depois de um tempo entregaram para as moças uns pratos bonitos, muito bem servidos. Mais tarde perguntei de algum cardápio de lanches ou comidas. Até então, só verbal.
Pra comer e beber
A lousa tinha preços dos petiscos e bebidas. Os brigadeiros tinham todos o mesmo preço: R$ 4,50. Os lanches que vi passando não estavam na lousa e não havia cardápio impresso. A coisa foi verbal: Tinha croque-monsieur e salpicão de frango. Pedi o salpicão. Junto veio uma tigela de saladinha bem servida. E o lanche, grande demais para mim. Comi metade e levei metade para casa. Excelente! Para beber, há sucos prontos, alguns de umas marcas diferentes, sucos especiais, orgânicos, coisas assim. Eu pedi um chá gelado que lá é feito na hora: escolhi um sabor diferente da Twinings (acho que foi limão twist ou com gengibre) e a moça preparou na hora. Depois pedi um cafezinho e minha amiga pediu um brigadeiro de um sabor diferente (sinceramente, não lembro qual era). O espresso veio acompanhado de um mini-brigadeiro de canela. Não resisti e acabei pedindo também um outro brigadeiro depois. Tequila. Preciso dizer aqui: M A R A V I L H O S O ! ! !
Finalizamos a reunião, fiquei com vontade de voltar lá logo, levar meus amigos, comprar brigadeiros de lá para dar pras pessoas.
Retorno na mesma semana
No sábado era aniversário do meu sócio. No domingo, do meu cunhado. Não tive dúvidas: depois de ter trabalhado das 8h00 às 16h00 no sábado, saí de Osasco correndo de carro para ir até a Vila Madalena só para comprar as lembranças: quatro brigadeiros pra cada um. Numa caixinha bonitinha. Como disse ali em cima, no momento não estou podendo gastar, mas consegui encontrar um presente que seria uma boa experiência. Ok, quatro brigadeiros pra cada é sacanagem. É atiçar a vontade. Se eu pudesse, teria comprado mais.
Para meu sócio, comprei dois de tequila e dois de uísque. Para meu cunhado, foram dois “dark” e dois de pistache. Ainda não sei se gostaram. Espero que sim.
Quando fui lá comprar os presentinhos, dei de presente para mim um fim de tarde com café espresso e uma guloseima – que não citei ali em cima de propósito. Eles servem um pão de queijo assado na hora na máquina de waffle. Vou ser sincera aqui: é bom, mas achei a massa com um gostinho azedo (que já senti em outros pães de queijo) que eu não curto muito. Mas o ambiente no sábado à tarde estava bem agitado. Muita gente, tinha um grupo ocupando umas duas mesas no fundo, fazendo uma reunião de negócios – umas seis ou oito mulheres em volta das mesas cheias de bonecas de pano e muitos papéis, planilhas, discussões. Além delas, um movimento grande de gente buscando por um café, pão-de-queijo-waffle, umas bebidas diferentes – tinha um daqueles cafés com chantilly bonitos em taça de vidro rodando por lá. E brigadeiros. Consegui um lugar. Fiquei com peso na consciência por usar sozinha uma mesa para mais pessoas então convidei duas moças que entraram depois a dividir a mesa.
Escolhi os presentes, tomei meu café e comecei a montar esse blog. Na mesa perto da porta havia uma moça absorvida na leitura de um e-Book. Muita gente de pé no balcão, nas mesas altas e o atendente começando a se perder em meio a tantos pedidos. Ainda assim, no meio de toda essa aparente “muvuca”, o lugar estava tão aconchegante, tão acolhedor… Não sei se era o cansaço do dia puxado, mas se eu pudesse, teria ficado ali, escrevendo o blog no tablet, sentindo os aromas de chocolate, café e pão de queijo, tudo junto, fugindo do frio que estava lá fora. Tudo isso me deixou tão de bom humor que não me importei em falar para o rapaz atender primeiro outras duas pessoas antes de acertar minha conta. Mas pedi que fizesse os lacinhos nas caixinhas de presente.
Pra presente
Como comentei, este mês foi de aperto, então usei as caixinhas gratuitas deles. Se eu tivesse melhor de grana, teria comprado uma das diversas e lindas caixinhas e latinhas para colocar os brigadeiros. Ficaria bem mais presente. Numa próxima, quem sabe, né? Fica a dica pra quem quiser presentear com brigadeiros!
Quando fui lá pela última vez: 29/04/2017
Quanto custava o brigadeiro: R$ 4,50 (na foto abaixo tem mais preços)
Onde: Rua Cristóvão de Burgos, 74, Sumarezinho – São Paulo
Fone: (11) 2889-8068
http://brigadeirodavilla.com.br/