Onde: Vila Madalena – São Paulo (entre o Instituto Tomie Ohtake e a rua Mourato Coelho)
Quando fui: 27 de Janeiro de 2018 (sábado), por volta das 21h30
Com quem? Namorado ♥
Intro
Era sábado e eu tinha dado aulas o dia todo. Quando o namorado chegou em casa, no fim do dia, disse “vamos sair?” A ideia dele: Parque Villa-Lobos. Mesmo cansada, topei. Seria rápido e econômico. Deu pra tomar um sorvete, dar uma volta pelo parque todo e então, já ia fechar. Como o mundo ainda era dia e achei que devíamos fazer mais, eu disse: “Quero conhecer o Beco do Batman”. Pensava num programa meio diferente do shopping. Só que foi impossível chegar lá de carro ou mesmo parar por perto naquele horário. Voltamos pra Pedroso de Morais para fugir da muvuca – perto das 20h00, a Vila Madalena já estava fervendo de gente. Paramos por ali e entramos na FNAC Pinheiros, que o Ro ainda não conhecia. Fizemos a nossa “ronda” pelo lugar, mas logo já estava fechando.
Estava chegando a hora da janta – aí sentimos falta da conveniência do shopping. Demos uma volta a pé pela Vila Madalena até a Rua Purpurina (quem não conhece a Purpurina?!), cheia de gente, cheia de bares. Passamos rapidamente pelo supermercado Hirota que tem lá perto (acho que eu nunca tinha entrado antes) e fomos seguindo atrás de algum restaurante que não fosse Subway, McDonald’s e cia, porém que não fosse caro demais. Coisa de gente apertada de $. Entramos em algumas lanchonetes, mas nem eu e nem o namorado estávamos dispostos a pagar R$ 30,00 cada por um cachorro quente. Fora bebidas, acompanhamentos, couvert e os 10%.
Cansados, o namorado decidiu “googlar”. Colocou lá no celular “pizza por perto” (ou algo assim). Acabamos chegando na Migusta Pizza, que fica bem em frente ao supermercado. Eu tinha visto o lugar, que fica apertadinho entre um rodízio de sushi e um “boteco gourmet”. Não pensei em parar por lá da primeira vez que passamos porque achei que era bonitinho demais – e, por isso, devia ser caro.
Acolhida Linda
Quando a gente tá meio sem $, fica constrangida ao entrar em restaurantes e lanchonetes que não conhece só para dar uma olhada no cardápio. E, ao mesmo tempo que é ruim entrar em um lugar e não ser atendido, às vezes o excesso de atenção pode ser mais constrangedor. Na Migusta, foi na medida certa: A pessoa que nos recebeu não estava de uniforme – logo pensei “é quem manda aqui”. E era. A própria dona, Priscila. Ela viu que queríamos ver primeiro o cardápio e foi logo explicando, de um jeito bem simpático, como era por lá. Mostrou onde estavam as pizzas e deu dicas bem econômicas pra gente. Deixou claro que uma pizza média costuma atender bem aos casais e que dava para escolher até três sabores.
Foi tão agradável a recepção que decidimos ficar por ali. Escolhemos uma mesa na área externa, num deck com plantas na parte da frente do restaurante. Em seguida, uma menina uniformizada foi nos atender. Entregou cardápios e quando viu que demoraríamos para escolher, nos deixou a vontade. Foi fazer outras coisas e só voltou quando chamamos.
Como é lá?
Pequenininho, fofinho, muito arrumadinho. Um sobradinho com plantas e umas mesas na frente. Ao entrar no salão, de cara você vê o balcão com a recepção onde também é o caixa e o atendimento do delivery. Esse balcão faz um “L” à direita, formando um “corredor” com uma fila de mesas, onde havia algumas famílias sendo servidas. Umas poucas mesas, todas com velas acesas, bem decoradas. Apesar de pequeno, é agradável e aconchegante.
No lado de fora, onde ficamos, com as plantas e luz mais fraca, as velas aumentavam o clima romântico. Percebi ainda uma área nos fundos (tinha cara de quintal, mas estava fechado) e um piso superior onde acho que deve ter mais mesas.
Seguindo o balcão para dentro do restaurante, há um rechaud e uma divisória de vidro baixa. Através dela é possível ver o forno a lenha e os pizzaiolos trabalhando. Por essa divisória de vidro passam as caixas de pizzas para viagem. O rechaud serve para apoiar e manter quente a pizza já encaixotada enquanto a própria proprietária faz o controle de qualidade. Ela abre a caixa, verifica o pedido, usa um termômetro desses de pistola para verificar a temperatura, lacra a caixa, coloca na bag do Motoboy e manda para a entrega. Foi muito legal observar todo esse processo. O delivery ali corria solto. De onde eu estava, era possível ver o movimento das ligações, pizzas saindo com os motoboys. Mesmo estando próximos, o movimento não chegou a ser um incômodo.
Pizzas MARAVILHOSAS!
Bem, vamos ao nosso pedido:
3 sabores, tamanho médio (6 pedaços): Napolitana (divina, com casquinha de parmesão!!!) + calabresa (ok, já comi melhores, mas extremamente recheada) e baiana (boa, tempero bem na medida). Massa fininha e saborosa!Estava tão boa que só lembrei de fotografar a minha pizza quando já estava acabando o último pedaço no meu prato (foto principal). A nossa pizza também ficou sobre um rechaud ao lado de nossa mesa.
A garçonete nos serviu muito bem, todos os pedaços, como não se vê por aí. Mesmo novinha assim é daquelas que abre a bebida e coloca pelo menos uma pate no copo. Com muita fofura, se atrapalhou ao servir o café que pedimos para finalizar. Explicou sem graça que ainda falta pegar o jeito das xícaras.
Eles têm uma pequena mas boa carta de vinhos. Porém pedimos apenas água com gás, gelo e limão.
Como gostei muito do lugar – tanto que enquanto comia já ia fotografando e escrevendo o possível post para o blog – no final precisei conversar com a Priscila (nem sabia o nome dela ainda!). Eu queria saber mais e, para explicar tantas perguntas, acabei falando que queria falar deles no blog. Com isso, a Priscila insistiu que experimentássemos sua sobremesa “carro-chefe”: o “Pettit”.
A sobremesa: Pettit
Não é correto dizer que se trata de uma pizza doce, apesar do conceito “massa fina por baixo, recheio gostoso por cima”. A massa é um tipo folheada (diferente da de pizza, graças a Deus!), bem fininha, pouco maior que uma bolacha Maria. Servida fria.
Comi a de doce de leite caseiro – a Priscila disse que o doce de leite deles é feito lá mesmo, com “receita da vovó”. Realmente, delicioso.
Namorado ficou com o de chocolate, também preparado por eles. Na verdade, o único recheio “pronto” é o de Nutella, porque todo mundo pede. Sinceridade? O pettit de doce de leite estava mil vezes melhor do que o de chocolate!
Valores*
* de Janeiro/2018
Os sabores que escolhemos eram os mais baratos e custavam entre 52,90 e 56,90. Nossa conta nesse dia, incluindo cafés, mas sem contar os Pettits, foi de cerca de R$ 60,00. Um achado! Se não me engano, os pettits custavam uns R$ 7,00/cada.
Preço médio (pizza grande): R$ 65,00.
Conclusões
O que é legal por lá: A pizza Napolitana. Estava M A R A V I L H O S A ! ! ! Atendimento e local gracinha.
O que não vale a pena pedir: café espresso. Até para mim, que não gosta muito quente, estava frio e sem graça.
A sobremesa? Bem, eu não sou chegada a sobremesas, então, não pediria. Estava realmente muito boa, mas para eu considerar pedir deveria ser divina. Talvez se ela vendesse vidros daquele doce de leite pra levar pra casa, eu levava!
Voltaria lá? Sim!
Serviço
Migusta Pizza
✆ 11 3834-0202
@migusta – Instagram
www.migusta.com.br